O coma
Nada é mais frustrante do que o coma induzido pelo carregador do telemóvel.
Hoje há uma dependência muito grande dos nossos filhos ao telemóvel...
A jogos online.
Nem é facebook.
Ainda se fosse era mau, mas não tanto.
Sei que há juventude que partilha vidas falsas nas redes sociais ...Tudo é válido ao istagran.
Mas nem é isso... É viver uma personagem num jogo.
É perigoso quando vivem isso... Já nem é divertido sair, ir ao banho... ver TV.
É melhor cortar o mal pela raiz!
É dificil ter um filho em coma ou com cancro e olhar pela janela sem forças e desejar tanto estar saudáve. Brincar, correr nadar... respirar e pular na relva.
Mas é tão triste ou mais ter um saudável que pode tudo e nao o quer!
Não está numa cama de hospital...
Está agarrado ao carregador do telemóvel.
É uma luta tão severa, tão desgastante... que nos leva ao limite..o pior que há em nós sai para fora, pois repreender, não adianta...
Hoje eu tive uma luta com isso..
De nada serviu gritar... ameaçar.
Só fez o que de pior há em mim reaparecer e, me tornar em alguém muito mau..
Chorar e lutar contra os meus instintos de levar à força. ..
Então aí... vi o limpar e esfregar as torneiras da casa de banho como um castigo, uma maneira de eu não usar a força. (Porque me apeteceu dar umas bolachas bem grandes).
Porque tem todo o conhecimento à mão, tem consciência do que é errado... sabe que até que cedi em muitas coisas.
Porquê? Porque? Não acorda!!!!
Porque não vê que é uma luta, que quero que VIVA.
Temo que diga palavras que magoem e que limitem que poderia ser.
Temo que me odeie, ou que apague aquela magia de tanto amor
Conversei e expliquei que estou aqui para tudo o que houver para melhorar o será feito em conjunto...
O tempo passa, não volta atrás, nem mesmo olhar para trás é válido.
Porque isso não mudará nada.
Eu sei que não sou perfeita e tambem eu agi mal. Disse coisas que magiaram muito. Mas que eram precisas de serem ditas.
Dói como se uma lança me fosse lançada e me atingisse mortalmente.
Mas quem disse que o papel de mãe era fácil? Ninguém, porque não o é...
E se eu falhar enquanto mãe, enquanto ser humano... enquanto consciente.
Nunca serei perdoada não pela minha filha... mas por mim mesma! .